segunda-feira, 27 de julho de 2009

Praxes... Boas ou Más?!


Faz um ano para breve o dia em que tive a minha primeira praxe!!!
Lembro-me desse dia como se fosse ontem. Pormenores desde roupas dos meus colegas, acessórios de doutores, berros, palavras meigas e pequenos precalços engraçados ficaram marcados na minha mente e não sei se algum dia irão dissipar.
De um modo geral, o balanço que faço das praxes é bastante positivo. Mas só agora digo isto porque no início a minha opinião era totalmente diferente.
A primeira semana foi extremamente dura. Ora porque não estava habituada, ora porque marravam comigo... foi de tal modo difícil que culminou numa quinta feira muito triste, em que me fartei de chorar e de dizer que a doutora Diana era má!
Mas isso lá passou e a partir daí tudo melhorou.
Ao passo que o tempo ia passando, os doutores iam ficando mais brandos e davam-se a conhecer enquanto pessoas.
Os grupinhos de amigos começaram a ser formados e as grandes ligações de amizades começaram a ser construídas.
Tudo isto acontecia ao lado das praxes...
As 21h00 todos os caloiros deveriam estar na câmara, com os corninhos e com a placa... Eu e mais uns quantos também não conseguimos escapar da xuxa, por sermos menores.
Até à meia noite fazíamos as mais diversas coisas, desde cantar, ENCHER, joguinhos, ouvir berros e sofrer a tão odiada praxe psicológica (ui... o quanto eu detestava esta praxe)...
As doze badaladas tocavam e os bichos estavam dispensados por algumas horas. No dia seguinte, tudo se repetia...
No entanto, havia umas praxes diferentes, para fugir à rotina - as famosas praxes sujas!!!
Quanto a vocês não sei mas eu fiquei totalmente enojada com a polpa de tomate... Nem podia vê-la à minha frente durante uns bons tempos!
A praxe suja que mais gostei foi, sem dúvida, a tomatada. Chegamos ao fim COMPLETAMENTE SUJOS!!! A Ana Sá não deve partilhar da mesma opinião. Pobrezinha! Foi parar ao centro de saúde com um olho inchado!!! :S
Mas fora isso, foi espectacular!!!
Fossem elas sujas, psicológicas ou quietas eu não me escapava de fazer o arco-íris.
Para quem ainda não sabe, vou explicar como surgiu a minha tão conhecida frase. Estavamos nós numa praxe na entrada do complexo quando o doutor Rui me diz para andar atrás do doutor Marcelo e dizer-lhe que era um arco-iris... Até aqui tudo bem! Mas chegou a um ponto que o doutor Marcelo se fartou de mim e me esguichou água para a cara. Eu, inconscientemene, guinchei e fiz o wiiiiii... então lá ficou o - eu sou um arco-íris wiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
A culpa é, portanto, do doutor Marcelo :)
Os dias foram passando e as praxes terminaram.
Não me posso queixar! Sempre fui muito mimada e acarinhada pela maioria dos doutores. Nunca me mandaram fazer nada demais e, apesar dos meus sucessivos azares como a entorce que fiz no pé a sair do corgobus, estive sempre presente!
O que trago desse tempo comigo? Grandes amizades, recordações e muitas, muitas saudades!
Quanto aos doutores e mestres... Vou sentir muito a vossa falta!


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